Quanto mais curto o título de um estudo científico maior é a sua notoriedade
No mundo acadêmico, pesquisadores precisam publicar seus estudos em revistas especializadas. Essa é uma das formas de prestação de contas e também de submeter os resultados para avaliação de outros pesquisadores. Para isso, os cientistas seguem um ritual. Eles submetem as conclusões aos demais colegas e, se elas forem aceitas, a revista finalmente publica o artigo.
Passar pelo crivo dos demais colegas pode ser uma ponte para a notoriedade no mundo acadêmico. É que o número de citações ou referências ao trabalho publicado serve como uma espécie de termômetro da "qualidade" ou do "reconhecimento" da importância da pesquisa. Mas tem um detalhe.
Um estudo publicado pela Royal Society Open Science sugere que títulos curtos podem ser uma excelente forma de ampliar as citações ao trabalho. Desenvolvido por Adrian Letchford, Helen Susannah Moat e Tobias Preis da Universidade de Warwick, no Reino Unido, o estudo "The advantage of short paper title" apresenta resultados de testes realizados com mais de 20 mil artigos científicos mais citados entre 2007 e 2013, ou seja, pouco mais de 1% dos artigos publicados nesse período.
Para os autores, existem pelo menos três explicações para essas relações que encontraram. A primeira delas é que as revistas de alto impacto no mundo científico podem restringir mais títulos longos. Por outro lado, pesquisas podem também ser publicadas em revistas menos conhecidas e que aceitam títulos mais longos. Uma última explicação é a mais óbvia. O título mais curto facilita a leitura e permite que mais pessoas tenham acesso ao artigo, ampliando, com isso, o prestígio da publicação. Letchford, Susannah e Preis prometem agora investigar se o estilo da língua usada quando o pesquisador produz o título da pesquisa tem também relação com o número de citações.
Fonte:
http://rsos.royalsocietypublishing.org/content/2/8/150266 - acesso em 24.01.17
http://blogs.oglobo.globo.com/na-base-dos-dados/post/quanto-mais-curto-o-titulo-de-um-estudo-cientifico-maior-e-sua-notoriedade.html - acesso em 24.01.17